Resenha - Sir Thopas (Tale)
domingo, outubro 15, 2017
Sir Thopas (Sir Topázio, em português) é um dos contos mais curtos da obra "The Canterbury Tales" (Os contos da Cantuária), de Chaucer. Como esperado, finalmente chegou a vez de Chaucer fazer parte da contação de histórias e, sem muitas ideias, ele decide começar por versos que ele decorou e que narram a história de Sir Thopas. O único problema, é que a história não tem um final...
Em Sir Thopas, finalmente chegou a vez do próprio Chaucer contar uma história. O Albergueiro chama a sua atenção, pedindo que ele participe e conte algo. Chaucer lembra então de um poema, o poema sobre o Sir Thopas.
Sir Thopas é um típico cavaleiro das novelas de cavalaria, o herói que nasce em um vilarejo, torna-se bom nas lutas e, com o seu coração puro, decide partir em busca de uma aventura. Encontra um gigante para derrotar e... O Albergueiro o interrompe. É necessário ler o excerto do conto sobre Mobileu, para chegar no momento em que o Albergueiro representa a opinião de todos os personagens do livro acerca de romances de cavalaria, sem conta que ele acha o poema muito ruim.
“Chega!” gritou o Albergueiro. “Pelo amor de Deus, não aguento mais tanta ignorância. Abençoe-me Cristo em sua sabedoria, porque meus ouvidos já estão doendo com essa lengalenga. Que vão para o diabo as poesias desse tipo! Acho que é isso o que chamam de versos de pé quebrado.” (p. 84)
Parei para pesquisar o que seriam, então, "versos de pé quebrado", eis a definição:
Fala-se, não em «rima», mas em «verso de pé quebrado», aquele que não segue as regras da métrica ou da cesura. Quando ouvimos a expressão, incorreta, «rima de pé quebrado», isso significa que a rima falhou.
Fonte: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/verso-de-pe-quebrado/9416
E então, Chaucer questiona o porque daquele comportamento do Albergueiro, e ele diz:
“Por Deus”, respondeu ele, “se você quer mesmo saber a verdade, essa versalhada fedida não vale uma merda. Só serve para fazer a gente perder tempo. É por isso, meu senhor, que não quero mais saber de suas rimas. Por que não nos conta uma história verdadeira... ou alguma coisa em prosa, alguma coisa que nos divirta ou nos traga algum ensinamento?” (p. 85)
Agora, o Albergueiro retoma o objetivo do livro: trazer algum ensinamento por meio da diversão, porque as pessoas daquela época, não aguentavam mais a enrolação das histórias de cavaleiros, elas estavam mais interessadas em histórias "de verdade".
Ou seja, segundo a visão do autor, Sir Thopas é um poema chato, que o povo daquela época não aguentava mais por sua temática repetitiva que não levaria a lugar algum.
E com isso, concluo as resenhas relacionadas à obra "Os contos da Cantuária". Ainda desejo ler todos os contos, quem sabe no futuro! Confira as outras resenhas:
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