Resenha - Éramos Seis

segunda-feira, abril 18, 2022

 


Éramos Seis, o segundo romance da autora paulista, Maria José Dupré, foi publicado em 1943. Após várias edições e um grande sucesso vencedor de prêmios literários, a obra foi adaptada para as telas três vezes, sendo a última versão, de 2019. Esse livro foi um dos mais comoventes que já li.

Título: Éramos Seis

Autora: Maria José Dupré

Ano: 1973

Nº de páginas: 252

Editora: Ática

Avaliação: ★★★★★

Sinopse: A história de Dona Lola e sua família, uma bondosa e batalhadora mulher que faz de tudo pela felicidade do marido, Júlio, e dos quatro filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Maria Isabel. A vida de Dona Lola é narrada desde a infância das crianças, quando Júlio trabalha para pagar as prestações da casa onde moram, passando pela chegada dos filhos à fase adulta e de Dona Lola à velhice. Conforme os anos passam, vão se modificando as coisas na vida de Dona Lola: a morte de Júlio; o sumiço de Alfredo pelo mundo; a união de Isabel com Felício, um homem separado; a ascensão de Julinho, que se casa com uma moça de família rica. O título do livro vem da situação de Dona Lola ao fim da vida, sozinha num asilo: eram seis, agora só resta ela. Também são expostos no livro outras personagens, como os familiares de Lola: na cidade de Itapetininga, interior paulista, moram a mãe, Dona Maria; a tia Candoca; as irmãs Clotilde, solteira, e Olga, casada com Zeca, seu cunhado; na cidade, vive a rica tia Emília, irmã de seu pai; e a filha dela, Justina.


Éramos Seis, é um romance de drama narrado por Dona Lola, uma mulher que vive em Santos, São Paulo, com seu marido, Júlio, e seus quatro filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel. A história se passa por 28 anos, começando durante a Primeira Guerra Mundial, e terminando em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial e no final do Estado Novo.

Obviamente, o pano de fundo histórico tem influência sobre o destino dos personagens. Acompanhamos, então, sob o olhar e sentimentos de Dona Lola, o dia-a-dia da família dela, o crescimento de seus filhos e a relação dentro de casa. Com o passar do tempo, Dona Lola vê seus filhos indo embora, tomando seus próprios caminhos e ela se vê abandonada.

Algo que achei extremamente interessante na obra, é essa proximidade que temos com os sentimentos de Dona Lola, uma mãe que sofre muito, mas que se mantém forte. Somos capazes de entender uma mãe e como é ter que deixar "os passarinhos deixarem o ninho". A perda é um tema bastante pesado na obra, seja para a morte ou para o destino. A obra passa a ser sobre dar tudo de si por pessoas que um dia não estarão mais ao seu lado, porque de um jeito ou de outro, a vida irá acabar e nada desse esforço será lembrado. Nem pelos outros, nem por você. 

Com Éramos Seis, aprendi que a vida é sobre ganhar, cuidar e perder, pois nada pertence a nós totalmente. Nada é eterno, mas deve ser bom enquanto dure. Com essa análise, deixo aqui a minha recomendação da obra, uma vez que foi uma das leituras que mais me comoveu.

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