Releitura - O Hobbit, de J. R. R. Tolkien

segunda-feira, julho 08, 2019


Li "O Hobbit" pela primeira vez em 2013, porque um amigo teve a bondade de me emprestar e permitir que eu tivesse a oportunidade de ler Tolkien. Depois dele, li a trilogia do Senhor dos Anéis, O Silmarillion e vários dos livros mais curtos dele (estou para enfrentar algo maior em breve). Depois que comprei a minha edição linda de O Hobbit, obviamente que reler estava mais do que nos planos, apesar de eu ter demorado séculos para ter tempo de reler. Enfim, eu reli, e cá estão minhas impressões de releitura:



Não é preciso dizer que O Hobbit é uma obra maravilhosa em inúmeros aspectos. O texto é muito mais simples e sintético do que O Senhor dos Anéis (por motivos óbvios), logo, a leitura flui de uma maneira incrível, é como se cada capítulo fosse um conto da aventura como um todo. Eu não lembrava realmente de como a história é divertida e cheia de altos e baixos que te fazem ficar preso à ela. A primeira frase era uma lembrança vívida para mim "Numa toca no chão, vivia um hobbit", passando a sensação de que foi ali em que a jornada do Anel começou. 

Depois de ler tantas obras de Tolkien, dá a impressão de que O Hobbit é mais leve por ter sido escrito com menos "responsabilidade". Tolkien escreveu para a sua família e para alguns amigos, ele não fazia ideia de que faria tanto sucesso e que ainda pediriam mais e MAIS. Portanto, O Senhor dos Anéis parece uma obra mais trabalhada para agradar um grande público, enquanto O Hobbit é mais descontraído e nem tudo precisou ser explicado: as coisas eram como eram, apesar de ser um universo fantástico totalmente novo e incrível.

Foi muito bom relembrar como os Hobbits são criaturas adoráveis e, se eu estivesse na Terra-Média, eu provavelmente seria um deles: gostam de ficar em casa, em frente à lareira, com suas xícaras de chá e já pensando na próxima refeição. Não gostam de atrasos, tudo tem horário para ser feito. As festas são extremamente divertidas e eles não gostam de sair da zona de conforto. Quando eu penso em uma toca de hobbit, eu imagino o lugar mais confortável, quentinho e seguro do mundo, é algo que realmente aquece o meu coração. Por isso, quando Bilbo (e até mesmo Frodo) está nas aventuras, tudo o que eu quero, é que eles sobrevivam e voltem para os seus lares que eles tanto amam. É assim que Tolkien fez eu me aproximar desses personagens: aventuras são necessárias, mas voltar é ainda mais necessário.

Acho incrível o modo como Tolkien coloca os Hobbits (seres que não têm nada de aventureiros) em situações que fazem os pequenos demonstrarem que tamanho não importa e que, inclusive, eles são melhores do que muitos elfos, anões e homens. São as particularidades dessa raça pequena, a inteligência e o grande coração que fazem deles maravilhosos em tudo o que fazem. Eu admiro demais a criação de Tolkien, para mim, ele é o Deus da fantasia.

Assim como faço com O Pequeno Príncipe, também pretendo reler O Hobbit todos os anos, pois nunca é demais revisitar obras primas e perceber histórias com diferentes perspectivas. Se toda vez que relemos algo, somos diferentes e interpretamos de maneiras diferentes, eu quero que O Hobbit acompanhe o meu crescimento, quero que O Hobbit acompanhe a minha vida.

E você, já leu O Hobbit? Já assistiu ao filme? Gosta de Tolkien? Comenta aí!

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