Resenha - Revelação Mesmeriana | #12MesesdePoe

quarta-feira, junho 29, 2016



Título: Revelação Mesmeriana
Autor: Edgar Allan Poe
Editora: -
Nº de páginas: 8
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Avaliação: 

Resenha
Revelação Mesmeriana é um conto escrito por Edgar Allan Poe e publicado em 1849. O conto gira em torno de uma conversa entre um doutor e um paciente chamado sr. Vankirk que está a beira da morte. O especialista usa a técnica mesmeriana com o paciente, que é seria algo similar a hipnose, para tirar dele informações sobre tudo o que ele sabe sobre a vida, a morte, Deus, espírito, pensamento e metafísica. O diálogo chega a ser tão profundo e concreto que quase convence o leitor de que Poe realmente presenciou aquela cena, ou até mesmo que ele era o doutor.

Preciso adiantar que é um conto um tanto quanto complexo e bastante filosófico, vai exigir de você uma segunda leitura (ou até mesmo uma terceira). Apesar disso, é um conto extremamente diferente dos que eu havia lido até agora no projeto 12 meses de Poe e em alguns momentos eu me sentia ainda mais curiosa do que o próprio doutor em saber sobre o que exatamente Vankirk estava tentando dizer. Separei algumas citações que me agradaram ao longo do conto:

Quando sr. Vankirk é questionado sobre o que é deus, ele responde:
"Ele não é espírito, porque existe. Nem é matéria, tal como você entende." (pág. 3)
Quando sr. Vankirk é questionado sobre o corpo do homem pode ser semelhante ao de Deus, ele responde:
"V. - Há dois corpos: o rudimentar e o completo, correspondendo às duas condições da lagarta e da borboleta. O que chamamos "morte" é apenas a dolorosa metamorfose. Nossa atual encarnação é progressiva, preparatória, temporária. A futura é perfeita, final, imortal. A vida derradeira é o fim supremo. 
P. - Mas nós temos conhecimento palpável da metamorfose da lagarta. 
V. - "Nós", certamente, mas não a lagarta. A matéria de que nosso corpo rudimentar é composta está ao alcance dos órgãos rudimentares que estão adaptados à matéria de que é formado o corpo rudimentar, mas não à de que é composto o corpo derradeiro. O corpo derradeiro escapa assim aos nossos sentidos rudimentares e percebemos apenas o casulo que abandona, ao morrer, a forma interior, e não essa própria forma interior; mas esta forma interior, bem como o casulo, é apreciável por aqueles que já adquiriram a vida derradeira." (pág. 6)

E você, o que acha sobre discussões a respeito da vida, da morte, de Deus e do pensamento? Você já estudou sobre metafísica antes? Comenta aí!

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