Resenha - Pollyanna
segunda-feira, abril 27, 2020
Pollyanna, de Eleanor H. Porter, foi publicado em 1913, tornando-se um clássico da litetatura desde então, uma vez que é muito vendido e lido até hoje. Confesso que meu interesse só despertou porque minha mãe sempre dizia (e ainda diz) que amava esse livro.
Título: Pollyanna
Autora: Eleanor H. Porter
Nº de páginas: 180
Ano: 1913
Editora: Autêntica
Avaliação: ★★★★★
Sinopse: Órfã de pai e mãe, Pollyanna, uma menina de 11 anos, é acolhida pela tia Polly, sua única parente viva. Rica e intransigente, a tia é desprovida de compreensão e afetividade, e recebe a menina em sua casa como um dever. Pollyanna, por sua vez, é uma menina encantadora, que a todos conquista com sua paixão pela vida e pelas pessoas, seu otimismo, sua alegria de viver... e o Jogo do Contente, que pratica e ensina a quem quiser aprender. Um jogo em que ninguém perde, todos ganham - e se transformam. Clássico da literatura juvenil universal, publicado em 1913, esse livro vem encantando gerações de leitores de diferentes idades em diversas línguas, tendo se tornado leitura obrigatória e necessária a quem quiser ver a vida sem amargura, descobrindo sempre o lado bom de tudo.
Pollyanna é uma garotinha que acaba de ficar órfã, por isso, acaba indo morar com Tia Polly, a irmã de sua mãe. Tia Polly é rica e mesmo assim pede que Nancy, a empregada da família, arrume o sótão para ser o quarto de Pollyanna, ou seja, um quarto quente e desconfortável. O que a tia e nem ninguém esperava, era que Pollyanna fosse ser uma garota tão CONTENTE. Na verdade, acredito que a palavra-chave desse romance seja, justamente, "contente", por conta de um jogo que o pai de Pollyanna a ensinou e que ela sempre coloca em prática.
O pai de Pollyanna era um reverendo e, certo dia, ela recebeu um baú dos missionários. Ela esperava muito que fosse uma boneca, mas recebeu muletas. Ela ficou muito triste, principalmente porque nem precisava de muletas. Foi aí que o pai lhe ensinou o Jogo do Contente: sempre tente ver, em qualquer situação, um motivo para ficar contente. No caso, ele mostrou que Pollyanna poderia ficar contente por não ter que precisar usar as muletas. Foi assim que ela aprendeu o jogo e não só não parou mais de jogar, como também ensinava o jogo para todos que conhecia.
Com a Tia Polly foi um pouco mais difícil. Pollyanna é uma personagem alegre e meiga que leva felicidade por onde passa. Ela é amável e amigável, todos adoram a companhia dela. O que acho mais legal nela, é que ela é uma menina muito forte, pois apesar de todo o sofrimento dela com a morte dos pais, ela ainda tenta ser contente e transformar a vida das pessoas que a cercam.
"- Oh, mas Tia Polly, Tia Polly, a senhora não me deixou nem um pouquinho de tempo pra... pra apenas viver.
- Para viver, criança? O que quer dizer com isso? Como se não estivesse vivendo o tempo todo!
- Oh, é claro que eu estaria respirando todo o tempo que estivesse fazendo coisas, Tia Polly, mas não estaria vivendo. Você respira sempre que está dormindo, mas não está vivendo. Eu quero dizer vivendo... fazendo as coisas que quer fazer: brincar ao ar livre, ler (pra mim mesma, lógico), subir colinas, conversar com o sr. Tom no jardim, e com Nancy, e descobrir tudo sobre as casas e as pessoas em todas essas ruas tão legais que vi ontem. É isso que chamo de viver, Tia Polly. Apenas respirar não é viver". (p. 42)
Recomendo muito a obra. Apesar de simples e rápida, é uma leitura que vale a pena pela protagonista (e isso nem sempre é fácil de se encontrar). Pollyanna é apaixonante e te faz repensar a vida. Será que somos capazes e jogar o jogo do contente e ter uma existência mais leve?
"Um dia, um pai disse ao seu filho Tom, que (ele sabia) tinha se recusado a encher a caixa de lenha da mãe naquela manhã: 'Tom, tenho certeza de que você vai ficar contente de buscar lenha para a sua mãe'. E sem dizer nenhuma palavra, Tom foi. Por quê? Simplesmente, porque o pai deixou claro que esperava que o filho fizesse a coisa certa. Imaginem se ele tivesse dito: "Tom, ouvi por acaso o que falou com sua mãe hoje de manhã, e estou com vergonha de você. Vá imediatamente encher aquela caixa de lenha!' Garanto que a caixa ainda estaria vazia, se dependesse de Tom. O que homen e mulheres precisam é de encorajamento. Seus poderes naturais de resistência devem ser fortalecidos, e não enfraquecidos... Em vez de sempre reclamar sobre seus defeitos, fale de suas virtudes. Tente tirá-los de sua rotina de hábitos ruins. Mostre-lhes o melhor de si mesmos, o verdadeiro eu de cada um, que pode ousar, fazer e vencer!... A influência de um caráter bom, bonito, prestativo e esperançoso é contagiosa e pode revolucionar umacidade inteira... A pessoas irradiam o que está em suas mentes e em seus corações. Se um homem se sente bondoso e amável, seus vizinhos logo vão se sentir assim também. Mas se ele repreende, faz cara feia e critica, seus vizinhos vão retribuir cara feia com cara feia, e com juros!... Quando você procura o que é ruim, encontra. Quando você sabe que vai encontrar o que é bom, você consegue achar... Diga a seu filho Tom que sabe que ele vai ficar contente por encher a caixa de lenha - depois observe, atento e interessado, enquanto ele faz isso". (p. 129-130)
E você, já leu Pollyanna? Se sim, o que achou do livro? Gostaria de ler? Comenta aí!
1 comentários
adorei a resenha
ResponderExcluir"Comento, logo existo."