Publicado pela primeira vez em 1962, Laranja Mecânica é um grande romance de formação e ganhou uma adaptação cinematográfica 10 anos após sua publicação, tornando-se aclamado pela crítica. Porém a leitura dessa obra não é para qualquer leitor.

Título: Laranja Mecânica

Autor: Anthony Burgess

Ano: 2019

Editora: Aleph

Nº de páginas: 285

Avaliação: ★★★★★

Sinopse: Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de "1984", de George Orwell, e "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, "Laranja Mecânica" é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick, é uma obra marcante: depois da sua leitura, você jamais será o mesmo. Agora em nova tradução brasileira.

Laranja Mecânica acompanha Alex, um adolescente rebelde que, com sua gangue de amigos, saem pelas ruas para bater em pessoas e roubá-las. Certo dia, ele passa do limite e é levado preso. A polícia decide usá-lo como cobaia para um experimento que o tornaria uma boa pessoa, tirando dele toda a vontade de cometer violências. Ele passa por procedimentos terríveis para ser "curado". 

A única questão ao ler Laranja Mecânica, é a linguagem da obra. O autor usa uma linguagem que seria de tribos, misturando vários idiomas europeus. O narrador coloca palavras que não existem no meio da narrativa e, apesar de às vezes dar para entender pelo contexto o que significa, isso pode acabar perdendo alguns leitores. Eu particularmente achei muito divertido tentar entender as palavras e quis ler sem olhar o dicionário ao final. 

Recomendo a obra para quem gosta de romance de formação e quer ler um livro diferente. Mal posso esperar para reassistir o filme.