Sobre Ouro Preto, Minas Gerais

sexta-feira, janeiro 26, 2018


Quem me acompanha no instagram (do blog e o pessoal), já deve ter visto que eu viajei para Ouro Preto, em Minas Gerais. A oportunidade surgiu porque uma mulher maravilhosa que trabalha no colégio onde eu faço estágio remunerado, está sempre organizando escurções e viagens. Me chamaram para ir para Ouro Preto, pois ainda haviam muitas vagas no ônibus. E então eu fui com eles, com a minha mãe, meu pai e minha irmã mais nova. Quer saber quais foram as minhas impressões sobre essa cidade histórica? Continue lendo!



Em relação à viagem, algo nos assustou logo de cara: seriam 18h de ônibus. A parte boa era que o ônibus era super-hiper-ultra-confortável, os motoristas eram amigos de todos e faziam várias paradas. Era meio desesperador a noite, afinal, você acordava e não tinha ideia de onde estava, já que tudo lá fora era a mais profunda escuridão. Foi a primeira vez que viagei tão longe em um ônibus de viagem.


Após um dia e uma noite inteira viajando, quando eu acordei, o ônibus não estava indo ainda para Ouro Preto, mas primeiro para Congonhas, também em Minas Gerais. 


Em Congonhas é onde estão expostas muitas das esculturas do Aleijadinho. Em casa casinha dessa, uma cena diferente da vida de Jesus estava sendo aprensentada pelas esculturas de estilo único. A igreja tinha um altar lindo, cheio de ouro, entretanto, metade dela estava em reforma e não era permitido tirar fotos (em Ouro Preto também era assim, nada de fotos!).


Aproveitamos a parada para comprar os presentes de amigo secreto e tomar café da manhã. Foi lá que comi meu primeiro pão de queijo mineiro, e um dos últimos da minha vida, já que já estava nos meus planos voltar para casa e passar a ser vegetariana estrita (exluir ovos, leite e derivados da minha vida). Foi muito bom, mas o café estava com açúcar e, para uma pessoa que bebe café sem açúcar, beber adoçado é muito brochante.


Depois de Congonhas, voltamos para o ônibus e eu não vi quanto tempo se passou, porque peguei no sono de novo. Quando acordei estávamos finalmente em Ouro Preto! Deixamos as coisas no hotel (que por sinal era maravilhoso, e nem vou falar do café da manhã!), descansamos um pouco e saímos para explorar! (e almoçar, porque estávamos famintos).


Paramos para comer em uma hambúrgueria (se você for para Ouro Preto, recomendo forte! É a Hambúrgueria Pão de Queijo Gourmet). Foi lá, inclusive, que eu comi o meu primeiro hambúrguer vegetariano em uma lanchonete (porque até então eu só fazia os meus). O hambúrguer era de soja, no começo não estava muito bom, mas depois foi ficando melhor! Ainda tinha queijo, porque como eu disse, eu ainda era ovolactovegetariana. (Obs: Só entramos na hambúrgueria porque logo na frente o vegetariano estava entre as opções, e foi tipo R$ 12,00 - estava na promoção. Chupa carnistas!).


Ouro Preto é cheia de igrejas! Você olha para esquerda, tem uma igreja. Você olha para a direita, tem outra igreja mais à frente. Para onde você olhar, você conseguirá avistar uma igreja. Só pagamos para entrar em uma delas, era muito bonita por dentro, mas como eu disse, nada de fotos.


Toda a arquitetura da cidade é histórica, lembrando a época em que Ouro Preto ainda era Vila Rica, a capital de Minas Gerais e o lugar mais cheio de ouro do Brasil. As ruas são de pedra e as casas são todas lindas e grudadinhas com a calçada ou com a rua.


É uma cidade incrível, mas perde um pouco de toda a magia pelo simples fato de ser cheia de ladeiras! Eu imagino que todos que moram em Ouro Preto são bem atléticos, porque para subir e descer aqueles morros todos os dias não é mole, não! Confesso que saíamos para explorar e voltámos mortos e suados (e olha que a cidade estava com um clima bem agradável). Lembrete: Descer é fácil, subir é que é difícil.


Como típicos curitibanos, nos espantamos um pouco logo em Congonhas, já que QUALQUER UM que passava por você, dava "bom-dia". É incrível como o curitibano é chato, e eu sou assim também, mas o resto do Brasil, não. Precisamos entender isso e ser sempre muito bem educados. Até voltei cheia de "bom-dias" para espalhar por Curitiba quando voltei.


No segundo dia (domingo), fomos visitar uma antiga mina de ouro perto do hotel. Tínhamos que usar os capaces, nos abaixar várias vezes durante o trajeto e, confesso, quando você entra dentro da mina e pensa "nossa, estou debaixo da terra... ESTOU DEBAIXO DA TERRA!", dá uma pequena claustrofobia. Basta parar de pensar nisso e prestar atenção no historiador, que fica tudo bem. Dentro da mina é bem fresquinho e até meio frio. Foi a primeira vez que fiz isso na vida e foi uma experiência muito bacana, por mais que você saia de lá pensando em como os escravos sofreram para fazer tudo isso.


Depois da Mina de Ouro, fomos para Mariana (acho que fica há 20 minutos de Ouro Preto). Lá é bem mais quente e, obviamente, não dá para ver nada do desastre, só se tivessemos ido de trem. Bom, por lá tinha mais igrejas e mais ladeiras.



Mariana tem uma praça muito bonita, almoçamos em um restaurante de comida mineira (por mais que eu não tenha comido nada de muito diferente, haha) e tiramos muitas fotos.


Estar em Ouro Preto e Mariana pode ser bem triste também, principalmente se você parar para pensar bem. Mariana teve um desastre recente, e ninguém nunca mais teve notícias. Ouro Preto chegou a ter mais escravos do que população livre e isso é muito triste. Você anda por ruas que provavelmente foram feitas por escravos. Você admira igrejas que foram construídas enquanto eles não trabalhavam nas minas. É realmente especial estar em Ouro Preto, porque lá tem o tipo de história do Brasil diferente de tudo o que você já viu. No sul, nós só temos história dos imigrantes, mas em Ouro Preto se tem a história de verdade. Vale muito a pena conhecer.


A cidade têm lugares incríveis. Se você for, vá com uma graninha e você voltará abarrotado de coisas, porque tudo lá é muito barato (exceto a comida, afinal, é área turística). O que você mais vai encontrar são coisas feitas de pedra sabão, e é ótimo. Comprei brinquinhos por R$ 3, colares por R$ 10, uma caneca de pedra por R$ 15, um passador de café por R$ 15, uma pulseira linda por R$ 5... compramos mostardas de todos os sabores (mostarda com banana, com maracujá...), doce de goiaba, goiabada, mais passadores de café, mais pedras, experimentamos trufas... Foi muito bom!


Acima você pode ver as fotos de uma "livraria-café" que tem logo no centro. Só tirei foto da parte LINDA da livraria, mas o café fica acoplado e é simplesmente mágico!


Depois de dois dias em Ouro Preto (só um final de semana), era hora de botar o pé na estrada e voltar para casa. Meu coraçãozinho doeu só de pensar em mais dezoito horas, mas algo muito interessante aconteceu no trajeto de volta... (Ps: Esse pessoal é muito show, são todos maravilhosos, foi um prazer conhecer todos!).


Na volta, o motorista aproveitou para passar em Valença, no sul do Rio de Janeiro (já que era caminho), porque a família dele mora lá e fazia muito tempo que ele não os via. A foto acima foi a única que tirei lá, em um armazém. A família dele foi muito incrível e gentil, recebeu em sua pequena casa, TODOS que estavam no ônibus. Quando chegamos lá, havia suco, torradas, patês, café e uma bacia enorme abarrotada de pedaços enormes de broas de fubá (sério, pareciam tijolos). Foi muito legal, comer aquela broa de fubá com pedacinhos de erva doce, logo abaixo de uma mangueira forrada de mangas (porque não temos esse tipo de árvore no sul? maldito frio!). Comemos, conversamos e vimos o motorista emocionado por ver sua família.


Na volta, no ônibus mesmo, fizemos a entrega dos presentes do amigo secreto. Eu havia pegado uma pessoa que eu não conhecia, então entrei no Facebook da organizadora da viagem e a encontrei lá. Comprei uma pulseirinha de pedra sabão branca, ela adorou. Amei demais o meu presente, porque eu não tinha comprado uma camiseta de Ouro Preto (por mais que eu quisesse muito), e quando abri o meu presente, me deparo com uma camiseta e uma caneta de Ouro Preto, fiquei tão feliz!


E assim foi a viagem para Ouro Preto, em Minas Gerais, a mais mil quilômetros de Curitiba! Foi cansativo ir de ônibus, mas foi uma viagem muito especial e foi o lugar mais longe que eu já fui na vida. Espero fazer outras viagens com essa galera maravilhosa e espero viajar muito ainda para compartilhar tudo aqui no blog com vocês! O que acham? yes or no-yes? (hahaha).

E você, conhece Ouro Preto? Já visitou a cidade? Eu tenho algum leitor de Minas? Comenta aí!

Todas as imagens desse post são de minha autoria (exceto pelas fotos em grupo).

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4 comentários

  1. Nossa é muito bom quando a gente visitar outras parte do país né. Uma vez eu fui pro Piauí e foi muito bom, gastei horrores com enfeites e colares.
    E essa parte de subir morro é chata mesmo, quando eu fui participei de uma excursão numa serra e a gente teve que subir um monte de estrada de pedra e até uma montanha não tão tão alta mas mesmo assim cansativa.
    OH GENTE QUE FOFO vocês foram com o motorista ver a família dele.
    O pão de queijo de Minas parece com os que você já comeu ou é mesmo assim tão especial???

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    1. Ahhh que legal! O problema de viajar pra lugares íngremes assim, é q vc quer sair e andar, mas vai ser sofrido! hahaha Simm, foi muito fofo <3 Então, para mim foi a mesma coisa, comi em Congonhas e tbm no café da manhã do hotel em Ouro Preto, e pra mim parecia normal... nada fora do comum D: mas os próximos q comerei serão especiais... 100% veganos HAHSAUHAS

      Bjs <3

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  2. Fotos incríveis Sara!
    Tenho mta vontade de conhecer Ouro Preto, fico babando nas histórias contadas de quem já teve essa oportunidade, quem sabe um dia consigo ir!
    Bjs!

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    1. Ahhh é muito show, se puder ir, vá! Sério mesmo! vc vai amar <3

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