Resenha - A filha do rei do pântano

quinta-feira, setembro 10, 2020


A filha do rei do pântano, de Karen Dionne, foi publicado em 2018 no Brasil, pela TAG Inéditos. A obra narra a história de Helena, uma mulher que nasceu em cativeiro, uma vez que sua mãe foi sequestrada pelo seu pai. Apesar de preso, Jacob, o pai dela, consegue escapar da prisão depois de anos e vai atrás dela.

Título: A filha do rei do pântano
Autora: Karen Dionne
Ano: 2018
Nº de páginas: 288
Editora: TAG Inéditos
Avaliação: ★★★★
Sinopse: Helena tem um segredo: ela é o fruto de um sequestro. Sua mãe foi raptada quando ainda era adolescente e mantida em uma casa escondida no pântano de Michigan. Nascida dois anos depois do sequestro, Helena aprendeu a amar sua infância fora do comum - e aprendeu, até mesmo, a amar seu pai, um homem selvagem e brutal. Quando ele escapa da prisão, ela precisa encarar o passado que ocultou tão habilmente do marido e das filhas. Em uma caçada de tirar o fôlego, ela faz de tudo para encontrar seu pai enquanto reexamina os episódios da infância que moldaram seu futuro.

A filha do rei do pântano conta a história de Helena, que nasceu de uma garota sequestrada. Ainda pré-adolescente, a mãe dela foi sequestrada por Jacob, que a levou para viver em uma cabana em um pântado afastado. Após sequestrá-la, não levou muito tempo até que ele e a estuprasse e ela engravidasse. Desse modo, ela deu à luz à Helena, que passou boa parte da infância achando tudo normal e sem saber que ela e a mãe eram vítimas de Jacob. A garota não conhecia nada além do pântano e tinha meras ideias do que era o mundo, porque tinha algumas revistas do National Geographic.

Além disso, o pai dela a ensinava a viver como uma indígena, ele tatuou ela, ensinou os costumes e até o vocabulário indígena para a garota. Os dois caçavam a comida, a mãe dela plantava e colhia, ou seja, eles viviam de um modo extremamente primitivo. Não usavam eletricidade e precisavam enfrentar o inverno extremo sem ar-condicionado. 

Jacob sempre batia na mãe dela, mas Helena quase sempre ficava do lado do pai e sabia que, de alguma forma, a mãe dela merecia. Em vários momentos, ela diz que ama o pai e que entende o pai, tudo porque ela ficou muito tempo sem saber a realidade.

A narrativa se dá entre analepses e prolespses, ou seja, volta para o passado e para o presente o tempo todo. O presente se dá com Helena adulta, casada e mãe de duas filhas. Ela recebe a notícia de que o pai fugiu da prisão e ela tem certeza de que ele vai a encontro dela. Para proteger sua família, ela segue os rastros dele para impedí-lo.

Antes dessa obra, eu já tive acesso à essa temática. Inclusive, um dos primeiros livros que eu li foi "Vida Roubada", que conta a história real de Jaycee Dugard, uma menina que foi raptada com 11 anos de idade. CLIQUE AQUI PARA LER A RESENHA. A diferença entre essas duas obras, é que Vida Roubada é baseada em uma história real, mas A filha do rei do pântano é uma ficção (por mais que pareça muito ser uma história real). 

Gostei bastante da leitura e recomendo para quem está em busca de ler algo curto e instigante. O livro proporciona momentos de tensão e você fica com muita raiva tanto do pai quanto de Helena, que concorda com ele em muitos momentos, mas que tem um comportamento justificável, uma vez que aqueles eram os estímulos que ela recebia e ela não tinha ideia que estava sendo educada como uma indígena.

E vocês, já ouviram falar dessa obra? Já leram alguma obra com temática parecida? Comenta aí!

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