Resenha - Noite na Taverna

domingo, agosto 06, 2017


Noite na Taverna é uma obra de Álvares de Azevedo, um autor brasileiro ultrarromântico. Publicada em 1855 (três anos após a morte do escritor), o drama conta a história de cinco homens em formato de cinco contos. 

Título: Noite na Taverna
Autor: Álvares de Azevedo
Nº de páginas: 31 (lido em pdf)
Editora: -
Ano: 1855 (primeira publicação)
Avaliação: ★★★★★
Sinopse: Proporciona ao leitor uma viagem ao mundo fantástico da melancolia e morbidez que caracterizam a época em que viveu Álvares de Azevedo. Numa taverna, um grupo de conhecidos reúne-se para espantar o tédio com o vinho nos lábios e contos macabros afluindo da mente.
Certa noite, em uma taverna, cinco homens estavam reunidos bebendo o vinho cujo era bebido dos copos mais rápido do que um piscar de olhos. Após algumas discussões sobre religião que simplesmente não levam a lugar nenhum, os cinco homens decidem contar histórias terríveis que lhe aconteceram.

Solfieri é o primeiro a compartilhar sua história e logo de cara já nos deparamos com uma história muito macabra e doentia. Basicamente, ele conta como foi a experiência de tirar uma morta do caixão, possuí-la e levá-la para casa.

Bertram é o segundo e é o que tem o maior conto. Ele se apaixona por uma espanhola chamada Ângela, que mata o próprio marido e a própria filha para ficar com Bertram. Os dois ficam juntos, mas depois de um tempo ela parte e ele vai para a Itália, viver aventuras no mar. Sempre perseguido pelo sepulcro.

Gennaro é o terceiro e sua história não é mais leve que a dos outros. Ele conta que era aprendiz de um pintor. Se apaixonou pela mulher de seu mestre e a filha do velho se apaixonou por Gennaro, mas como não era correspondida, se mata e depois parece voltar para o seu pai, fazendo-o descobrir o adultério de sua mãe. Nada disso é confirmado, mas é o que dá a entender.

Claudius Hermann é o quarto e sua história consegue ser uma das piores. Ele tinha um amor doentio por uma duquesa chamada Eleonora. Colocava sonífero na água dela todas as noites para poder tocá-la e observa-la sem provocar pânico. Um dia, Claudius a sequestra e ela não quer ficar com ele, mas acaba aceitando. Ele não conta o final da história.

Johann é o último a contar sua história e é simplesmente o mais burro, porque tudo de ruim que aconteceu a ele, poderia ter sido evitado se ele tivesse o mínimo de maturidade. Por causa de uma partida de sinuca (bilhar), ele duela com um homem loiro até a morte. Johann vence e esse homem pede que ele entregue uma carta e um anel à uma garota e quando Johann vai cumprir o combinado, ele a possui, achando que ela era amante do loiro. Mais tarde, na taverna, Johann paga por ter desonrado a irmã daquele homem.

Noite na Taverna é um clássico incrível, que te prende do início ao fim e que pode ser lido rapidamente (acredito que 4 horas sejam mais que suficientes). Se você nunca leu por medo ou por desinteresse, saiba que é muito legal e a narrativa é muito envolvente, não há o que temer. Foi minha primeira experiência com Álvares de Azevedo e foi ótima.

E você, já leu Noite na Taverna ou alguma outra obra do autor brasileiro? Comenta aí!

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2 comentários

  1. Olá, Sarinha!
    Parabéns pela resenha. Eu adorei, é realmente muito boa.
    Você disse que no conto de Claudius Hermann ele não conta o final da história, certo? Sinceramente, quando eu cheguei nessa parte livro eu entrei em desespero, logo de cara eu pensei: Poxa vida, esse safado não vai terminar de contar a história? HAHAH. Grazadels o autor coloca outro personagem para finalizar a história, o Arnold, que relata: "Um dia Claudius entrou em casa. Encontrou o leito ensopado de sangue e num recanto escuro da alcova um doido abraçado ao cadáver". O cadáver era Eleonora e o doido era o Duque Maffio. Isso foi realmente genial, porque eu não precisei ficar com aquela agonia de não saber o final da história! Haahhah
    É isso, achei esse livrequinho sensacional.
    Beijo Grande.

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    Respostas
    1. Olá, Mohiny! Olha você por aqui *0* hahaha
      Obrigada, fico feliz que tenha gostado da resenha. Sim, eles meio que começam a conversar para ao menos "inventar" um fim para a história do Claudius, mas eu acreditei mais na hipótese do Arnold também hahaha, que bizarroooo!
      Eu também gostei bastante, passa tão rápido! kkk

      Beijos e obrigada pelo comentário!

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