Resenha - A Tulipa Negra

quinta-feira, julho 09, 2020


A Tulipa Negra, do autor francês Alexandre Dumas (pai), foi publicado pela primeira vez em 1850. Esse romance de cavalaria, inicialmente, foi publicado em três volumes, mas acabou sendo adaptado e traduzido para inúmeras línguas. Saiba mais:

Título: A Tulipa Negra
Autor: Alexandre Dumas Pai
Tradução e adaptação: Francisco Balthar Peixoto
Ano: 2004
Nº de páginas: 176
Editora: FTD
Avaliação: ★★★★
Sinopse: Romance de Alexandre Dumas, autor de Os três mosqueteiros. A ação se passa na Holanda, no século XVII, mais precisamente entre o início de 1672 e 15 de maio de 1673. Injustamente acusado de traição, Cornelius van Baerle, médico e cultivador de tulipas, é preso, apaixonando-se por Rosa, a bela filha do carcereiro. Esse amor quase impossível se entrelaça com outro feito também quase impossível: a produção de uma tulipa negra, desafio proposto pela Associação Hortícola de Haarlem, com o vultuoso prêmio de cem mil florins. Dumas entrelaça fatos históricos (como o assassinato dos irmãos De Witt e a especulação econômica em torno da tulipa), com uma história de amor e aventura. E quantas aventuras e reviravoltas ele consegue imaginar em torno do dia-a-dia de um prisioneiro!

Em 2016, eu li uma das maiores obras de Alexandre Dumas Filho, "A Dama das Camélias" (clique aqui para ler a resenha que escrevi). Quatro anos depois, eu tive a felicidade de adquirir por R$5,00 uma obra do Alexandre Dumas Pai em um sebo. Infelizmente, não foi dessa vez que consegui ler A Tulipa Negra na versão original, mas eu geralmente só percebo que é uma adaptação quando finalmente pego o livro para ler, e não quando vou comprar (eu deveria prestar mais atenção? hahah).

De qualquer forma, esse foi um primeiro contato muito marcante. A Tulipa Negra, na verdade, é um romance sem grandes diferenciais e que se encaixa perfeitamente nos padrões das novelas e dos romances de cavalaria europeus. Entretando, não deixa de ser uma história deliciosa de ler.

Essa edição é ilustrada.

A obra conta a história de um botânico chamado Cornélio Van Baerle e a sua paixão por uma tulipa negra e por uma garota chamada Rosa. Na cidade de Harleem, na Holanda, a cidade das tulipas, abrem um concurso que visa premiar a pessoa que conseguir produzir uma tulipa negra, algo nunca visto antes. 

A partir daí, inicia-se uma grande competição entre os botânicos de todo o país para receber o prêmio e ganhar reconhecimento. Cornélio Van Baerle é um burguês que perdeu os pais muito cedo e que, por muito tempo, passou a vida tentando gastar a herança que os pais lhe deixaram. Depois de muito tempo de tédio, ele descobriu um novo motivo para viver a partir do cultivo de tulipas. Por isso, quando surgiu o concurso, ele fez de tudo para produzir uma tulipa negra e, quando estava prestes a conseguir, acabou sendo preso.

Nesse ponto da história, percebemos que, muito mais do que um romance clichê, Alexandre Dumas Pai também retrada o pano de fundo histórico e político daquela época. O protagonista acaba na prisão por ter ajudado Cornélio De Witt, um homem odiado e perseguido pelas autoridades do país.

"Sofre-se tanto na vida que ninguém pode dizer que, de fato, é uma pessoa feliz." (p. 170)

Na prisão, Van Baerle se apaixona por Rosa, a filha do carcereiro. Ele a ensina a ler e ela cuida dos brotos da tulipa negra para ele, pois apesar de estar preso, ele ainda queria participar do concurso. Obviamente, há um inimigo na história, Isaac Boxtel, vizinho de Van Baerle, que deseja roubar a tulipa negra para vencer o concurso.


Apesar de parecer previsível o que irá acontecer, irei parar por aqui com o enredo para não dar spoilers. Se você procura um romance cheio de drama, aventuras, intrigas históricas, angústias e cenas de um amor que aparentemente é impossível pela posição em que os personagens se encontram, esse livro é o clássico que você procura. 

Apesar de essa edição ser uma adaptação do tradutor, ainda acabou sendo muito útil para a compreensão dos pormenores da história, uma vez que há explicações bastante didáticas de Francisco Balthar Peixoto. Em outras palavras, você irá entender TUDO sobre a obra e as intenções do autor. Recomendo muito a leitura e espero poder ler a versão original um dia.

E você, já leu essa obra ou tinha ouvido falar sobre? Comenta aí!

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2 comentários

  1. Não li. Mas fiquei extremamente interessado. Quem diz que nunca caiu no conto da versão adaptada sempre estará mentindo!

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