Resenha - A guerra que salvou a minha vida

quinta-feira, outubro 21, 2021

 


A guerra que salvou a minha vida, de Kimberly Brubaker Bradley, foi publicado em 2015 e é um romance de ficção histórica que já recebeu 2 prêmios literários. A história narra sobre a vida de Ada e seu irmão Jamie, duas crianças que estão tentando fugir da guerra e de seus antigos traumas.

Título: A guerra que salvou a minha vida

Autora: Kimberly Brubaker Bradley

Ano: 2015

Editora: Lido no kindle (publicado pela Darkside books)

Nº de páginas: 240

Avaliação: ★★★★★

Sinopse: Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor. Kimberly Brubaker Bradley consegue ir muito além do que se convencionou chamar “história de superação”. Seu livro é um registro emocional e historicamente preciso sobre a Segunda Guerra Mundial. E de como os grandes conflitos armados afetam a vida de milhões de inocentes, mesmo longe dos campos de batalha. No caso da pequena Ada, a guerra começou dentro de casa. Essa é uma das belas surpresas do livro: mostrar a guerra pelos olhos de uma menina, e não pelo ponto de vista de um soldado, que enfrenta a fome e a necessidade de abandonar seu lar. Assim como a protagonista, milhares de crianças precisaram deixar a família em Londres na esperança de escapar dos horrores dos bombardeios. Vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.


Ada é uma garotinha que acredita ter 10 anos. Ela nasceu com o que chamam de "pé torto" e, desde sempre, foi mantida em casa pela mãe, que não queria que ninguém visse sua filha aleijada. Seu irmão mais novo, Jamie, é mais responsabilidade de Ada do que da própria mãe das crianças, mas mesmo que a vida seja difícil para os três, ainda assim Ada aceita como é tratada pela mãe. 

Quando a Segunda Guerra Mundial começa, as famílias são obrigadas a mandarem as crianças para lugares mais seguros, onde serão adotados temporariamente por outras pessoas. Ada e Jamie são enviados para Susan, uma mulher que nunca quis ter filhos, mas que pode oferecer uma vida muito melhor para as crianças. Por conta de Susan, Ada descobre o quão incrível é poder montar em pôneis, aprender a ler e a escrever, poder usar roupas de verdade e fazer pelo menos 3 refeições ao dia. Coisas básicas para uma criança, mas que no cenário anterior era impossível, ainda mais para Ada, com o problema no pé.

Esse livro é muito fofo e extremamente triste. A realidade da guerra, misturada com o abandono familiar e os impedimentos de os personagens serem quem eles realmente são, formam uma história que nos ensina lições muito valiosas: você pode fazer o que você quiser, independente de suas limitações. A coragem é necessária quando você quer mudar de vida e não aceitar mais certas coisas. Além das outras guerras que estão acontecendo ao nosso redor, uma das mais complicadas é a nossa guerra interna. Recomendo muito a leitura se você busca algo rápido e de linguagem simples para ler, mas com uma mensagem lindíssima.


Essa foi mais uma leitura do Clube de Livroterapia.

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