Resenha - O Cavaleiro Preso na Armadura

segunda-feira, outubro 25, 2021

 

O Cavaleiro Preso na Armadura, de Robert Fisher, publicado em 2002, é uma fábula que conta a história de um cavaleiro que vai em busca do seu verdadeiro eu.

Título: O Cavaleiro Preso na Armadura

Autor: Robert Fisher

Ano: 2006

Nº de páginas: 110

Editora: Record

Avaliação: ★★★★★

Sinopse: O cavaleiro que protagoniza esta fábula vive em busca do seu verdadeiro eu. mas não encontra as verdades que procura por estar sempre preso em sua armadura pronto para guerrear. A história funciona como uma orientação para adultos e jovens que acabam se distanciando dos amigos e da família. seja por estabelecerem outras prioridades. ou simplesmente por não saberem como demonstrar carinho.


Fiz a leitura desse livro em um domingo de manhã (bem curtinho), por indicação da minha terapeuta (façam terapia, crianças). Eu já sabia que ele teria um tema meio motivador e tudo o mais, mas acabei me surpreendendo com o tanto que me identifiquei com o protagonista.

O cavaleiro estava sempre em busca de matar dragões e salvar donzelas, justamente para manter a imagem de bondoso, gentil e corajoso. Com o passar do tempo, ele vivia tanto em função de construir essa imagem para as outras pessoas, que acabava tendo pouco tempo para prestar atenção em si mesmo e em sua família. Por conta disso, ele nem tirava mais a armadura, pois uma nova aventura poderia surgir a qualquer momento.

Essa obsessão dele ficou tão séria que, certo dia, ele tentou tirar o elmo da cabeça a pedido da esposa, mas não conseguiu tirar. A armadura estava presa ao corpo dele e ele dormia e fazia tudo com ela. Juliet, sua mulher, e Christian, seu filho, não aguentavam mais não ver o rosto dele e quem ele realmente era. Ela queria seu marido e ele queria seu pai de volta. Por isso, Juliet ameaça o Cavaleiro e diz que vai embora com o filho se ele não tirar aquela armadura.

Estamos todos presos em algum tipo de armadura. Apenas mais fácil de encontrar é a sua.

O cavaleiro visita o melhor ferreiro do reino, mas eles não conseguem remover a armadura. Um bobo da corte diz a ele que o único que pode ajudar é Merlin, o mago que vive nas florestas densas. Sem escolha, o cavaleiro vai atrás de Merlin e aí começa sua jornada em busca de seu verdadeiro eu.

Não temos de sentir orgulho por sermos humanos. Isso é tão sem sentido quanto seria para Rebecca sentir orgulho por poder voar. Rebecca nasceu com asas. Você nasceu com um coração — e agora o esta usando, simplesmente como deveria fazê-lo.

Merlin aceita ajudar o cavaleiro e lhe dá doses de vida antes de o mandar em uma aventura. Depois de muito relutar, o cavaleiro vai com Rebecca (um pombo) e Esquilo para a aventura: ele deve passar por três castelos, O Castelo do Silêncio, O Castelo do Conhecimento e O Castelo da Vontade e da Ousadia, para enfim chegar ao topo de uma montanha, onde ele deve encontrar sua Verdade.

Quando você aprender a aceitar em vez de ter expectativas, seus desapontamentos serão menores.

A aventura é cheia de desafios e o Cavaleiro precisa superar muitos medos para vencer cada castelo. Ele consegue, finalmente, se comunicar com o seu interior e construir um autoconhecimento totalmente novo. Ele evolui e, conforme vence cada fase, sua armadura vai soltando.

O conhecimento é a luz através da qual você encontrará seu caminho.

Esse livro faz uma metáfora com o fato de que nós, seres humanos e extremamente complicados, criamos armaduras baseadas em crenças muitas vezes errôneas. A armadura da insegurança, a armadura da zona de conforto, a armadura do medo, a armadura da ansiedade... Nós criamos coisas nas nossas mentes que nos limitam em vários âmbitos da vida, seja na vida profissional, social ou até de viver experiências novas. Recomendo muito esse livro para quem sente que tem esse tipo de limitação (eu me incluo nessa). Ao realizar a leitura, você vai junto com o personagem e sai com a mente bem mais aberta em relação ao que você mesmo criou e que te atrapalha todos os dias. Temos que nos libertar e ir em busca da nossa Verdade, assim como o Cavaleiro fez.

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