Resenha - Eu sei porque o pássaro canta na gaiola

segunda-feira, maio 23, 2022

 


Eu sei porque o pássaro canta na gaiola, da autora Maya Angelou, foi publicado pela primeira vez em 1969. A autobiografia da autora cobre sua vida de 1930 a 1970 e é inesquecível.

Título: Eu sei porque o pássaro canta na gaiola

Autora: Maya Angelou

Ano: 2018

Nº de páginas: 336

Editora: Astral Cultural

Avaliação: ★★★★★

Sinopse: RACISMO. ABUSO. LIBERTAÇÃO. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.


Marguerite é uma garota negra americana. Eu vive com seu tio, sua vó e seu irmão no começo da história. Por ser uma autobriografia, acompanhamos o começo da vida da personagem, até tornar-se adulta. Maya sempre foi muito ligada ao irmão, Bailey, e as histórias que os dois têm juntos quando criança são extremamente engraçadas (principalmente as que aconteceram na igreja).

Por terem pais separados, os dois ficam um tempo com o pai, um tempo com a mãe, mas é possível perceber que Maya não gosta de ficar trocando de lugar o tempo todo, mas que prefere ficar com sua avó. Maya foi uma criança traumatizada por um padrasto, uma pessoa que sofreu muito racismo por ser negra e que viveu na época separatista dos Estados Unidos. Quando criança, os brancos eram tão distantes dos negros que eram quase como alienígenas para ela. Ela até achava que os brancos não existiam.

Essa foi a primeira obra que se passa na época separatista que eu li, e foi interessantíssimo acompanhar a perspectiva de uma mulher negra no meio de todo esse sistema racista e opressor. A obra é riquíssima e você se apega muito á Maya enquanto leitor. Além disso, apesar dos momentos leves e engraçados, a obra é mais pesada. E, ao final, descobrimos que o pássaro canta, mesmo estando na gaiola, porque a esperança e a perspectiva positiva sempre vai existir, independentemente da prisão ou da opressão em que nos encontramos. Recomendo muito a leitura dessa obra.

E você, já leu esse livro? Se sim, o que achou? Comenta aí!

Você também poderá gostar de

0 comentários

"Comento, logo existo."