Resenha - Deuses Americanos

segunda-feira, julho 26, 2021

 


Deuses Americanos, de Neil Gaiman, foi publicado pela primeira vez em 2001. Entretanto, a edição foi renovada conforme o autor achou necessário atualizar algumas informações. Apesar de Neil Gaiman ter sido criticado por ser inglês e escrever um livro sobre a América, o livro ganhou três prêmios literários e algumas pessoas até o consideram um clássico da modernidade. 
Título: Deuses Americanos
Autor: Neil Gaiman
Ano: 2016
Nº de páginas: 576
Editora: Intrínseca
Avaliação: ★★★★
Sinopse: Obra-prima de Neil Gaiman, Deuses americanos é relançado pela Intrínseca com conteúdo extra, em Edição Preferida do Autor. Deuses americanos é, acima de tudo, um livro estranho. E foi essa estranheza que tornou o romance de Neil Gaiman, publicado pela primeira vez em 2001, um clássico imediato. Nesta nova edição, preferida do autor, o leitor encontrará capítulos revistos e ampliados, artigos, uma entrevista com Gaiman e um inspirado texto de introdução. A saga de Deuses americanos é contada ao longo da jornada de Shadow Moon, um ex-presidiário de trinta e poucos anos que acabou de ser libertado e cujo único objetivo é voltar para casa e para a esposa, Laura. Os planos de Shadow se transformam em poeira quando ele descobre que Laura morreu em um acidente de carro. Sem lar, sem emprego e sem rumo, ele conhece Wednesday, um homem de olhar enigmático que está sempre com um sorriso no rosto, embora pareça nunca achar graça de nada. Depois de apostas, brigas e um pouco de hidromel, Shadow aceita trabalhar para Wednesday e embarca em uma viagem tumultuada e reveladora por cidades inusitadas dos Estados Unidos, um país tão estranho para Shadow quanto para Gaiman. É nesses encontros e desencontros que o protagonista se depara com os deuses — os antigos (que chegaram ao Novo Mundo junto dos imigrantes) e os modernos (o dinheiro, a televisão, a tecnologia, as drogas) —, que estão se preparando para uma guerra que ninguém viu, mas que já começou. O motivo? O poder de não ser esquecido. O que Gaiman constrói em Deuses americanos é um amálgama de múltiplas referências, uma mistura de road trip, fantasia e mistério — um exemplo máximo da versatilidade e da prosa lúdica e ao mesmo tempo cortante de Neil Gaiman, que, ao falar sobre deuses, fala sobre todos nós.

No começo do livro, Shadow, o protagonista, está prestes a sair da cadeia depois de três anos. Ele está extremamente ansioso para rever sua casa e sua esposa, Laura. Entretanto, uns dias antes de sair da prisão, ele recebe a notícia de que sua mulher morreu em um acidente de carro, o que muda totalmente os planos de Shadow e o deixa sem rumo. Então ele conhece Wednesday, um cara misterioso e com um sorriso muito estranho. Wednesday oferece um emprego a Shadow e, depois de bastante resistência e hidromel, ele finalmente aceita trabalhar para esse desconhecido.

Sendo contratado por Wednesday, começa uma viagem por várias cidades dos Estados Unidos, o que faz a história se passar boa parte na estrada e em lugares de beira de estrada que, inclusive, podem ou não existir na vida real. Não demora muito até que Shadow descubra que está no meio de Deuses (não só nórdicos, mas de todos os tipos) e que eles vivem entre as pessoas. O problema é que uma guerra está para começar, simplesmente pelo fato de que os Deuses precisam que as pessoas acreditem neles para que eles tenham poder. Contudo, com a modernidade, essas crenças se perdem.

"As vidas são como flocos de neve: únicos em cada detalhe e capazes de formar padõres já vistos antes, mas tão semelhantes uns aos outros quanto ervilhas dentro de uma vagem (e você já olhou mesmo para elas? Após um minuto de exame atento, não como não enxergar diferenças entre elas). Precisamos de histórias individuais. Sem os indivíduos, vemos apenas números: mil mortos, cem mil mortos, 'as baixas podem chegar a um milhão'. Com histórias individuais, as estatísticas se transformam em pessoas - mas até isso é uma mentira, pois as pessoas continuam a sofrer em quantidades que também entorpecem e carecem de sentido".

Gostei de verdade desse livro, a escrita flui muito bem (apesar das 500 e poucas páginas) e em menos de duas horas eu conseguia ler as 50 páginas do dia e me manter envolvida completamente na história. O fato de a obra ter muitas referências aos deuses, à magia e à fantasia, faz com que você fique curioso para saber mais e mais, principalmente porque a maioria deles é apresentado de um jeito diferente da primeira vez. Além disso, o livro é cômico em diversos momentos e você se pega rindo alto com algumas coisas escritas ali e os diálogos. Realmente, não tenho do que reclamar. A trama e os personagens são envolventes e, sim, mais uma vez, Neil Gaiman não decepcionou. Recomendo muito a leitura e agora estou ansiosíssima para começar a assistir à série!

E você, já leu ao assistiu à série "Deuses Americanos"? Gosta das obras do Neil Gaiman? Comenta aí!

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