Lucíola, o quinto romance do autor brasileiro, José de Alencar, foi publicado pela primeira vez em 1862. O clássico faz parte do movimento do romantismo brasileiro.

Título: Lucíola

Autor: José de Alencar

Ano: 2018

Nº de páginas: 159

Editora: Nova Fronteira

Avaliação: ★★★★★

Sinopse: Lucíola é uma história de amor narrada por um dos seus personagens principais, Paulo Silva, que em cartas dirigidas à senhora g. M. (pseudônimo de José de Alencar) traça o perfil de sua amada, maria da glória. Ela é uma rica cortesã do rio de janeiro do século xix que assume o nome de lúcia. Publicada em 1862, a obra retrata um rio de janeiro aburguesado e tradicional, como pano de fundo para um amor idealizado.

Lucíola é uma obra do romantismo brasileiro e apresenta claramente as características do amor idealizado. A história é narrada por Paulo, que escreve cartas para uma senhora chamada G. M. (pseudônimo de José de Alencar), contando como foi conhecer uma bela moça chamada Maria da Glória e, a partir disso, lhe dando todas as informações e acontecimento acerca dela.

Maria da Glória é uma prostituta rica do Rio de Janeiro, mas prefere ser chamada de Lúcia. Paulo se apaixona por ela à primeira vista, mas quando descobre sobre ela, fica apreensivo. Não demora muito até que ele deixe seu incômodo de lado e tente conquistar Lúcia. Ela também se apaixona por ele, mas o comportamento ciumento dele faz com que ela faça um jogo entre amor e amizade.

Segundo as descrições de Paulo, Lúcia é perfeita, belíssima e ele gostaria de viver com ela pelo resto da eternidade, uma vez que o amor que sentia por ela jamais poderia ser ignorado, afinal, era um amor puro e indestrutível. Quando ele passa a ser evitado pela amada, sofre como se pudesse morrer se ficasse longe dela. Essa característica na narrativa mostra como o amor idealizado é a base do romance, bem como a burguesia tradicional do Rio de Janeiro, afinal, Paulo e Lúcia estão sempre frequentando festas, eventos e quase nunca param para trabalhar.

Esse foi um clássico que demorei para ler (não li para o vestibular e nem na faculdade), então foi bom revisitar uma narrativa romântica. Obviamente, analisando a obra nos dias de hoje, Paulo e Lúcia viviam um relacionamento extremamente tóxico, Paulo era ciumento e queria que Lúcia fosse posse dele. Lúcia é um reflexo da mulher daquela época e, apesar da resistência para se mostrar submissa e aceitar as vontade dele no começo, depois ela acaba cedendo. Recomendo a leitura para quem gosta de romances antigos e que têm um final trágico, apesar de toda a idealização romântica (Alô, alô, Culpa é das Estrelas?).

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