As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, foi publicado pela primeira em 1876, nos Estados Unidos. Considerado o pai da Literatura Americana, Mark Twain nos traz em Tom Sawyer, o reflexo de sua infância real. 

Título: The Adventures of Tom Sawyer

Autor: Mark Twain

Ano: 2002

Nº de páginas: 212

Editora: Amazon Classics (kindle)

Avaliação: ★★★★★

Sinopse: Tom Sawyer, um menino órfão, e seu grande amigo criam tantas aventuras quanto uma criança pode imaginar. No entanto, algumas de suas brincadeiras os conduzem a situações verdadeiramente perigosas, e Tom Sawyer se depara com o fortalecimento da amizade e a descoberta do amor. Muito mais que um simples livro de aventuras, é um romance sobre a difícil transição da infância para a fase adulta. Além disso, Mark Twain pontua as singelas estripulias de Tom com suas críticas a respeito da natureza humana e da hipocrisia da sociedade, o que faz com que a obra não seja destinada apenas a meninos e meninas, mas também a homens e mulheres.

As Aventuras de Tom Sawyer se passa no século IXX, ao sul dos Estados Unidos, um pouco antes da Guerra da Secessão. Obviamente a vida era bastante difícil para todas as famílias, mas principalmente para os negros, pois essa ainda era uma época de escravidão. Com negros na história e um retrato muito bem detalhado daquele tempo, há momentos em que os personagens são extremamente racistas. As mulheres também não escapam dessa, pois vários comentários machistas são feitos pelos personagens masculinos.

Apesar das sacadas erradas, a história é bastante cativante e te leva às aventuras do protagonista, Tom, que com seu melhor amigo, Huck, vão atrás de tesouros em casas abandonadas. Certo dia, eles estão fazendo isso e testemunham um crime acontecendo.

Tom é travesso, mora com sua tia e seus primos, e o autor mostra como a infância daquele período era. Dessa forma, é fácil para o leitor perceber o quão diferente era dos tempos atuais. As crianças eram muito mais livres, sumiam por dias e depois voltavam, algo impensável nos dias de hoje. Tudo isso somado ao fato de que a vida não era tão simples, não havia tecnologia (apenas o palito de fósforo é mencionado como algo inovador). 

O aspecto autobiográfico é importantíssimo. Logo no prefácio, o autor já nos conta que a história de Tom foi baseada em sua própria infância, em suas aventuras e nas encrencas que ele se metia. Mark Twain era um menino levado, hein?

Recomendo a leitura para quem quer ler um bom clássico americano raíz, mas acabei dando duas estrelas porque os comentários machistas e racistas me causaram um desconforto que eu não pude desconsiderar na hora de avaliar.